Mais de 5 milhões de alunos com idade entre 5 e
19 anos que frequentam escolas públicas em todo país terão uma programação
diferenciada de hoje (5) até a próxima sexta-feira (9). Os ministérios da Saúde e da Educaçãorealizam a primeira
edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que tem como tema a obesidade
em crianças e adolescentes. Profissionais que fazem parte da Estratégia Saúde da Família,
coordenada peloMinistério da Saúde, farão
avaliações nutricionais em estudantes de mais de 22 mil escolas públicas em
1.938 municípios que aderiram à iniciativa de mobilização. Também estão
previstas atividades e palestras envolvendo a comunidade escolar (alunos,
profissionais e funcionários) e visitas das famílias dos estudantes a Unidades
Básicas de Saúde localizadas próximo às escolas.
A
Semana de Mobilização Saúde na Escola acontecerá todos os anos e foi instituída
por portaria publicada no Diário Oficial da União. A adesão é
voluntária e é uma das ações previstas no Programa Saúde na Escola (PSE), desenvolvido pelos Ministérios
da Saúde e Educação desde 2007 e que foi integrado ao Programa Brasil sem
Miséria. “O PSE promove a articulação da rede básica de educação com o
Sistema Único de Saúde para atenção, promoção e prevenção dos estudantes de 5 à
19 anos e a Semana é o pontapé inicial, uma forma das equipes se entrosarem, se
conhecerem e, a partir daí, programarem as atividades que serão realizadas no
ano”, explica oSecretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
Neste
ano, o tema de trabalho prioritário da Semana será Prevenção da obesidade na
infância e na adolescência. Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre
2008/2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos
estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e pelo Ministério da Saúde. Entre os jovens de 10 a 19 anos, 1 em cada
5 apresentam excesso de peso. O secretário alerta que é preciso intervir o mais
rápido possível nessa realidade. “É um problema que já afeta 1/5 da população
infantil, por isso temos que agir agora para não termos uma geração futura de
obesos, hipertensos, diabéticos, com riscos cardiovascular, renal e cerebral
aumentada”, explica.
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